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Junho de 2021 - É difícil saber como ficaram os mais de 70 milhões de refugiados e deslocados pelo mundo, principalmente após a crise do coronavírus. Os números mais recentes de 2018 divulgados pela Agência da ONU para Refugiados (Acnur) impressionam no Brasil. O Brasil é o sexto no mundo que mais recebeu novos pedidos de refúgio. Em 2018 foram 80 mil novas solicitações, em sua maioria de venezuelanos. Os estados com mais solicitações foram Roraima (50.770), Amazonas (10.500) e São Paulo (9.977). 

É por isso que, nesse dia 20 de junho, comemorado o Dia Mundial do Refugiado, a SegurPro, empresa de tecnologia e segurança patrimonial do Grupo Prosegur, tem motivos para se alegrar. A empresa é parceira da ONG Estou Refugiado desde 2019 e, desde então, já contratou profissionais oriundos de países como Venezuela, Congo, Angola, Haiti e Gâmbia para atuar nas mais diversas funções. 

Francis Salazar, havia feito o cadastro de seu currículo na ONG Estou Refugiado e, em novembro de 2020, foi contratada pela SegurPro. “Eu comecei a atuar na empresa no meio da pandemia, quando ninguém acreditava que poderia existir uma oportunidade de emprego, muito menos para um refugiado. Ter um emprego fixo em uma empresa tão grande na área de segurança no Brasil é muito satisfatório, porque graças às pessoas que acreditaram em mim, hoje em dia eu consigo ajudar minha família que está na Venezuela e ter estabilidade para trazer meus filhos para morarem comigo no Brasil”. E finaliza. “Sou grata por trabalhar em uma empresa que ajuda os refugiados, porque os empregos ajudam as pessoas, mas no caso de um refugiado, muitas vezes um emprego salva uma vida”. Atualmente, Francis atua como orientadora de alunos em uma empresa atendida pela SegurPro.

Por meio da entidade, os refugiados admitidos pela empresa de segurança mantêm seu vínculo empregatício formal de trabalho (CLT), além de acesso à Universidade Prosegur, uma plataforma online de aprendizagem ativa, dinâmica e contínua voltada para o desenvolvimento de aspectos técnicos, estratégicos e comportamentais de todos dos colaboradores do Grupo. E, percepções do terceiro setor mostram que os refugiados têm tido maior espaço no Brasil. As demandas por mais diversidade e inclusão têm aberto portas para trabalho mais qualificado para novas oportunidades de moradia e sobrevivência em países com culturas e línguas tão diferentes.

“Notamos que as empresas estão muito mais abertas a dialogar e apoiar a causa, absorvendo talentos profissionais de países como Venezuela, Congo, Angola, Haiti e Gâmbia. A diversidade dos refugiados em termos culturais, linguísticos e religiosos, por exemplo, pode contribuir em muito para que as empresas sejam mais inclusivas e diversas”, comenta Luciana Capobianco, fundadora e diretora executiva da ONG Estou Refugiado. “Ainda há um longo caminho pela frente, mas nós estamos no caminho certo”, completa.

“Para nós não importa a nacionalidade do candidato e sim a sua capacitação técnica para assumir a função. Somos uma empresa de origem espanhola e presente em todo o mundo, por isso, nós temos a diversidade em nosso DNA, proporcionando um ambiente de trabalho com igualdade de oportunidades” destaca Marcelo Rucker, diretor de recursos humanos do Grupo Prosegur, o qual pertence a SegurPro

A parceria da SegurPro com a ONG está em linha com a adesão recente do Grupo Prosegur ao “The Climate Pledge”, que reafirma seu compromisso com o meio ambiente, a sustentabilidade e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU), sendo a primeira empresa no mundo no setor de segurança privada a aderir à iniciativa. “A inclusão de refugiados em nossos times propicia um intercâmbio cultural com ganhos para todos os lados, inclusive para a companhia que exercita ainda mais suas práticas em diversidade. Já no início do projeto, alocamos 10 refugiados em nossas operações, e esse número só deve crescer”. afirma Régis Noronha, CEO da SegurPro

Como funciona 

Os refugiados chegam até a ONG Estou Refugiado e são recebidos pela equipe de Recursos Humanos, que agenda uma entrevista com profundidade para entender sua realidade no Brasil, formação e história de refúgio. Após essa primeira aproximação, a ONG elabora o currículo profissional do refugiado e fica em contato constante com as empresas parceiras até conseguirem empregá-los. 

Além disso, conforme a necessidade, a ONG doa cestas básicas de forma recorrente e doa roupas para serem usadas em entrevistas de trabalho pelos candidatos. Atualmente, com a crise do coronavírus, todo o processo é feito online por meio da plataforma da ONG. 

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